13/12/2009

Voluntariado

O meu trabalho levou-me a travar conhecimento com duas pessoas que fazem voluntariado no hospital do meu concelho.
Numa conversa que não durou mais de meia hora falaram do que as levou a optar não só pelo voluntariado no hospital, mas pelo voluntariado na unidade de cuidados paliativos, onde se encontram muitas vezes pessoas com doenças em fase terminal... Contaram histórias, falaram da ligação que estabelecem com os doentes, de como lidam com a morte, do quanto aquele trabalho lhes mudou a forma como vêem a vida e as pessoas...

Sempre quis experimentar algo do género. Quando criaram aquele serviço de voluntariado cheguei a pensar inscrever-me. Mas pus rapidamente a ideia de lado. Sou um pouco tímida, embora muito menos do que era antes, nunca fui boa em conversas de circunstância, e sempre tive medo de não conseguir lidar com situações "complicadas"...

No decurso da conversa acabaria por aperceber-me que os meus medos podem ser ultrapassados. Segundo elas, não é preciso falar muito... basta um sorriso, um carinho (o dar a mão é muito importante) e disposição para ouvir o que as pessoas têm para contar. Falam da sua vida, da sua família, dos seus medos... precisam sobretudo de alguém que os ouça.
Mais pessoas do que julgamos não recebem visita de familiares, ou porque não os têm, ou porque estão longe, ou simplesmente porque a vida não lho permite, e os voluntários são a sua única fonte de atenção...

Decidi que até ao final do ano vou equacionar a possibilidade de me inscrever no voluntariado, ponderar pós e os contras, sobretudo tentar perceber se se trata de uma vontade do momento, ou algo mais profundo, e ver se tenho disponibilidade, de tempo e emocional, para avançar com um trabalho deste género.

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