06/01/2010

Palestra

Uma das coisas que detesto é falar em público.
Mesmo quando a plateia é composta essencialmente por crianças - 42 no total.
Fui convidada pela responsável da biblioteca local a falar do que faço, como o faço, e por aí fora.
Aceitei, primeiro porque não consigo dizer "não" (ora aqui está um tema para um próximo post); depois porque simpatizo muito com aquela responsável e sei a importância que ela atribui a estas palestras, que organiza regularmente.
Já sabia da data da palestra há uns dois meses, mas fui adiando pensar nela, para não stressar antes do tempo.
Só ontem à noite me sentei a pensar no que queria dizer e esbocei a apresentação. Hoje tomei dois calmantes (o habitual da manhã e outro ao almoço), para conseguir que a minha voz não tremesse. E não tremeu. Estava nervosa, no início, mas o nervosismo foi passando gradualmente e julgo ter conseguido transmitir o que pretendia. Não foi uma palestra interessantíssima, mas acredito que não tenha sido assim tão má. Afinal, a minha profissão tem o seu quê de interessante...
Mas o que mais me surpreendeu foi a atitude da minha plateia. Eram duas turmas do sexto ano, por isso deviam ter, em média, 11, 12, 13 anos.
Embora extremamente irrequietos (sobretudo quando, a dada altura, toda a gente decidiu tirar-me fotos com o telemóvel), mostraram-se atentos. Fizeram até imensas perguntas no final. E houve quem me pedisse autógrafos! :)
Não, não foi a atitude dos miúdos que me incomodou, mas a das professoras. Estiveram o tempo todo com ar de enfado, a conversar uma com a outra e a rirem-se...
Caramba! Eu sou péssima oradora, mas esforcei-me! E fi-lo gratuitamente. Poupei-lhes o trabalho de prepararem uma aula; o tempo que ali passei foi roubado ao meu trabalho, já que o que não fiz hoje terei que fazer amanhã... E elas estavam a rir!

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