01/09/2011

É a isto que se chama bofetada de luva branca?

A coisa mais cruel que ouvi sobre o M. veio da boca de uma pessoa que, em tempos, considerei amiga.

Um dia, estávamos a tomar café, a minha família e a dela, o M. estaria connosco há um mês, mais coisa menos coisa, e a dada altura ela diz-me:
"Se ainda não tens ligação com o M., nunca vais ter".

Era a segunda vez que estávamos todos juntos, portanto ela não conhecia o nosso dia-a-dia. Não sabia se havia mesmo ligação entre nós, ou não.

Por acaso, nessa altura, as coisas estavam um pouco tensas, porque o M. estava na fase de me testar. Mas ela não sabia, nem sequer houve alguma coisa, que me lembre, que lhe pudesse ter dado a entender isso.
A única coisa de que ela se podia ter apercebido era de que eu estava um pouco apática, distante. Primeiro, porque já há muito sabia que ela nunca tinha sido minha amiga e, nas raras vezes em que nos encontramos (os nossos maridos dão-se muito bem... e eu simpatizo muito com o marido dela), fico sempre tensa, de pé atrás, à espera dos comentários negativos que possa fazer. Depois, porque às dores de costas que tinha naquele dia se tinha juntado o desconforto típico "daquela altura" do mês.

Ela disse-o apenas por maldade. Como já tinha dito, tempos antes, quando me disse que eu queria adoptar por ser "moda"...

Aquilo bateu com muita força cá dentro.
Tentei mostrar-lhe que ela estava enganada, mas ela estava perfeitamente convencida do que dizia. E eu também não sou de responder na mesma moeda como, sei-o bem, devia já ter feito há muito.

Não imaginam o que chorei naquele dia, quando cheguei a casa, bem como nos dias seguintes. Cheguei a acreditar que aquilo podia ser verdade.
Mas não é. Nunca foi. Ele testou-me a mim e não ao pai por razões que se compreendem bem, se nos pusermos no lugar dele.
E eu passei claramente no teste.

Ontem fomos tomar café todos juntos. Eu estive lá só 10 minutos. Estava numa pausa do trabalho e, naturalmente, não me podia ausentar muito tempo. Logo, logo, o M. não se apercebeu que eu vim embora. Quando notou a minha ausência, contou-me o marido depois, fez uma birra enorme, a gritar no café: "Eu quero a MINHA MÃE, eu quero a MINHA MÃE".

:)

8 comentários:

  1. Realmente, há muita gente mesquinha... Também já tive "amigas" dessas e nunca respondia à letra, porque ainda me preocupava se elas ficariam magoadas comigo... Que disparate!
    Fui pisada tantas vezes, que finalmente abri os olhos e hoje em dia, para dar confiança e poder chamar alguém de amiga, demora muito, mas muito mais tempo.
    Por um lado fico trsite, pois jamais seria capaz de ser assim com alguém, mas algum dia temos de abrir os olhos.
    E quanto mais cedo, melhor!
    Devemos dar importância às opiniões de quem realmente gosta de nós e não de quem só quer aparecer e a quem não devemos nada.
    :)

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  2. Há gente mesmo cruel... Já é mãe essa mulher? Provavelmente não é e como tal não compreende que a ligação emocional entre um filho e mãe (sejam de sangue ou não) vai sendo construída com o tempo. Não é de repente ou num mês. É um processo contínuo que dura a vida toda.
    Mas sim, foi uma chapada de luva branca o teu filho ter feito a birra que fez por não te ver. Pode ser que assim aprenda a ser mais prudente.
    Um grande beijinho. :)

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  3. Pois eu cá acho que não foi uma simples bofetada de luva branca, foi uma tareia completa!

    Vais ver que no próximo encontro essa "pessoa" nem para ti olha... se é que aparece!


    Bjinhos!!

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  4. Acho que deste tanta importância ao comentário porque estavas naquela fase do mês. Uma mesma frase, dita em dias diferentes, pode ter efeitos/reacções diferentes. A tua "amiga" também não parece muito interessada em conhecer a vossa relação, por isso não ligues ao que dizem mas sim aquilo que tu sentes da relação que é só vossa. Beijos

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  5. Já sabes que não lhe deves dar ouvidos! Estás dó a dar importância a uma pessoa que não tem nenhuma! (ou não devia ter, dada a falta de carácter que já demonstrou várias vezes!)
    É claro que ele gosta muito de ti! E sem dúvida nenhuma está ligado a ti! Isso sim é que conta!
    GMDT

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  6. Obrigada pelos vossos comentários.
    Pois, Paula, temo que ainda tenho que aprender a responder à letra.
    Flor de Lima: por incrível que pareça, ela é mãe, de duas meninas...
    Tens razão, Luciana, a pessoa de que falo é das tais que cria uma ideia sobre uma pessoa, verdadeira ou não, e essa pessoa nunca mais se livra dessa classificação. Seja verdadeira ou falsa...
    C. ... GMDT

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  7. Natacha... quem me dera que já não olhasse... mas há pessoas que não aprendem com os próprios erros..

    Obrigada a todas pelos comentários, por terem "ouvido" o meu desabafo..

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  8. Com esse tipo de pessoas é imperativo tentar manter a maior distância possível!!!

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