27/11/2009

Primeiro passo

E pronto, o marido foi à Segurança Social entregar todos os documentos necessários para iniciarmos o processo de adopção.
Penso que não nos contactarão antes das festas de final de ano. Depois disso, há que esperar entrevistas com assistentes sociais e psicólogos e visitas domiciliárias. Pelo que sei, em seis meses saberemos se somos considerados aptos à adopção. E a partir daí poderei sentir-me oficialmente "grávida", embora no meu coração essa "gravidez" já existe há muito, muito tempo.

Pelo que julgamos, tanto eu como o meu marido podemos ter filhos biológicos. E temos intenção de os ter. Ou melhor, de ter um. Mas o nosso coração - o meu, sobretudo, já que o marido nunca tinha pensado em adoptar antes de me conhecer - está completamente aberto a um filho que poderá já ter nascido e que, sinto, espera por nós.
O nosso objectivo é adoptar primeiro, menino ou menina, preferencialmente de cor, até aos cinco anos (isto porque vamos fazer seis anos de casados. queremos uma criança que tenha nascido um ano depois de nos casarmos. por isso, com o avançar do tempo, avança também a idade máxima da criança que esperamos), e, depois, termos um filho biológico.

Não sei explicar porque quero adoptar, nem sequer porque quero adoptar antes de ter um bebé meu. E não gosto que mo perguntem. Quando um casal diz que quer engravidar, alguém lhe torce o nariz e pergunta porquê? Para mim é tão importante adoptar como ter filhos biológicos, ou mais importante ainda.
O bom Deus deu-me a bênção de ter um marido que entende esta minha posição e que, gradualmente, começou a sonhar com uma criança mulata a correr em direcção a ele.

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